Cinco Conselho de Ministros sem Sissoco Embaló

06/09/2023 em Política

Compartilhe:
Cinco Conselho de Ministros sem Sissoco Embaló

O novo governo da Guiné-Bissau, cujos membros foram empossados a 13 de agosto passado, já se reuniu cinco vezes, ordinária e extraordinariamente, em Conselho de Ministros, sem a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló. Esta é a primeira vez, em mais de três anos, que o chefe de Estado não preside à reunião de um executivo guineense de forma consecutiva e com esse número de sessões.

Depois de um período em que exerceu "clara influência" nos assuntos da governação, presidindo quase todas as reuniões do Conselho de Ministros, na vigência do governo liderado por Nuno Nabiam, Umaro Sissoco Embaló ainda não fez o uso dessa prerrogativa constitucional a seu favor.

Na Guiné-Bissau, o Presidente da República pode presidir ao Conselho de Ministros, "quando entender", segundo a Constituição da República.

Observadores em Bissau não consideram tratar-se de um afastamento dos assuntos da governação por parte de Embaló, mas sim "uma estratégia" política adotada pelo Presidente da República, para lidar com um governo que "não é da sua confiança", mas que foi obrigado a nomear por razões constitucionais e por respeito aos resultados eleitorais.

Até aqui, o governo está a proceder às nomeações em quase todos os ministérios, sem que se possa apontar nenhuma figura ligada a Umaro Sissoco Embaló, indicada para diferentes funções, cenário contrário a dos últimos três anos, em que o Presidente da República esteve sempre "representado" nos ministérios e direções-gerais..

Ao fim de 24 dias de exercício do Governo liderado por Geraldo Martins, ainda não há registo de nenhum elogio público do chefe de Estado ao desempenho do executivo nem de nenhum desentendimento do conhecimento geral.

Por CNEWS

06/09/2023