As possibilidades de participação do opositor Ousmane Sonko nas eleições presidenciais de 25 de Fevereiro no Senegal estão a diminuir. O Supremo Tribunal senegalês confirmou, na noite de quinta-feira, 4 de janeiro de 2024, a sua pena de prisão suspensa de seis meses por difamação.

Embora já esteja detido desde o final de Julho passado por alegadamente apelar à insurreição, esta decisão do Supremo Tribunal aumenta ainda mais a lacuna relativamente à elegibilidade do líder do PASTEF para as eleições presidenciais marcadas para menos de dois meses.

No entanto, a sua oportunidade de candidatura foi reavivada em Dezembro passado, quando os tribunais senegaleses ordenaram a sua nova inscrição nas listas eleitorais. Mas este último episódio do longo impasse com reviravoltas que o opõem ao poder existente no Senegal compromete as suas ambições presidenciais a curto prazo.

Para os advogados de defesa do Estado senegalês, neste caso, a decisão do Supremo Tribunal coloca Ousmane Sonko fora da disputa. “Sonko perdeu em todos os aspectos. Agora é totalmente proibido participar de eleições”, referiu Mestre El Hadji Diouf.

Recorde-se que o principal opositor de Macky Sall foi condenado em Março passado, em primeira instância, a dois meses de prisão suspensa e a 200 milhões de francos CFA (300.000 euros) por danos. Uma sentença endurecida em recurso. Além dos 200 milhões de francos CFA de indemnização, a pena foi aumentada para seis meses de prisão suspensa.

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