Vinte quatro horas depois das celebrações do trigésimo segundo aniversário do Partido da Renovação Social (PRS), o movimento "Herdeiros de Kumba Ialá", composto por dirigentes da formação política e cujo principal rosto é Fransual Dias, insurgiu-se contra as declarações do presidente interino dos "renovadores", sobre o congresso que ainda não tem data. 

No seu discurso, no domingo, para assinalar os 32 anos do Partido da Renovação Social e a assinatura do acordo político com a Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Fernando Dias disse, entre outros, que ganhará o próximo congresso do PRS, quer seja "antecipado ou adiantado". 

Esta segunda-feira, num comunicado na posse do Capital News, os "Herdeiros de Kumba Ialá" arrasaram as declarações de "Dias" e afirmam que o líder interino tem medo do congresso. 

"Senhor Fernando Dias, as suas declarações, além de infelizes e oportunistas não deixaram de ser provocatórias, para um novo recrudescer de ondas de instabilidade no partido, quando tinha o dever de autocorreção e de responsabilidade, enquanto presidente interino do partido, para saber que o PRS é de todos nós", começou por escrever o Movimento, antes de endurecer o ataque.

"Senhor Fernando Dias, é muito estranho e incompreensível o quão não foi um bom entendedor para escutar atentamente as declarações do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, do Coordenador do MADEM-G15, Braima Camará, do Presidente do PTG, Botche Candé, e do Engenheiro Nuno Gomes Nabiam, Presidente de APU-PDGB, [este último] com quem é co-assinante do 'Acordo Político Abrangente', todos de forma unânime e humildamente apelaram a um diálogo interno dentro do PRS", lê-se na nota.

O movimento "Herdeiros de Kumba Ialá" acusa ainda o presidente interino do Partido da Renovação Social de fugir sempre que a questão é a marcação da data para o congresso do partido e diz não ter dúvidas que Fernando Dias tem medo da realização do evento.

Os contestatários exigem de Fernando Dias a retoma do diálogo construtivo interrompido 'sine die' com vista a marcação do congresso para a eleição "o mais rápido possível" de um presidente legítimo do PRS.

Os "Herdeiros" alertam que a desculpa para a não marcação da data do congresso do partido não deverá ser a falta do dinheiro, "porque este achar-se-à".