O ex-primeiro-ministro guineense e líder da Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Nuno Nabiam, alertou esta quinta-feira (05.09) sobre a deterioração de saúde dos militares e civis detidos há mais de dois anos, acusados de alegada tentativa de golpe de Estado de 01 de fevereiro de 2022.

Falando num dos hotéis da capital guineense, num ato político muito concorrido, promovido pelo Fórum para a Salvação da Democracia, que agrupa, além do APU-PDGB, o Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15), e o Partido da Renovação Social (PRS), Nuno Nabiam exige a libertação imediata de todos os detidos da suposta tentativa do golpe de Estado.

“Exigimos a libertação dos detidos que se encontra nos calabouços. Umaro Sissoco sabe muito bem o que queria fazer. Seria mais uma limpeza dos membros da etnia balanta, mas dizemos-lhe que as coisas são parecidas, mas não são mesmas. Pedimos-lhe que liberte os detidos imediatamente, porque vários deles se encontram doentes e precisam de cuidados médicos", disse perante o salão repleto de militantes dos três partidos".

O ex-primeiro-ministro considera que o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, "perdeu todas as virtudes" e que foi longe demais ao "dividir toda a sociedade" e intrigar as etnias do país, com as suas políticas.

Nuno Nabiam passou a partir desta quinta-feira, a assumir a coordenação do Fórum para a Salvação da Democracia, substituindo Braima Camará, do MADEM-G15.