WANEP-GB: "País precisa de um presidente social"

30/12/2024 em Direitos Humanos

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WANEP-GB: "País precisa de um presidente social"

A coordenadora Nacional da Rede Oeste Africana para a Edificação da Paz (WANEPGB), Denise dos Santos Indeque, afirmou esta segunda-feira (30.12), que a Guiné-Bissau não precisa de um Presidente militar nem daquele que passa mais tempo nos quartéis, mas sim de um Chefe de Estado "social".

Na sua habitual mensagem quinzenal, a última do ano, a coordenadora da WANEP Guiné-Bissau disse que, em 2025, resta ao Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, cumprir com as recomendações da última cimeira dos Chefes de Estados da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), sobre as datas das eleições.

"De tantas crises políticas que minaram a paz social e comprometeram o [seu] desenvolvimento sustentável, a Guiné-Bissau jamais precisaria de um Presidente [da República] Militar, que passa mais tempo nos quartéis. A Guiné-Bissau precisa, sim, de um Presidente social, ao serviço da esperança, da reconciliação e da paz", afirmou para depois prosseguir com uma exortação a Umaro Sissoco Embaló.

"Exortamos ao Presidente o República a [assumir] uma responsabilidade política, em tomar medidas necessárias e urgentes, para o cumprimento das recomendações da sessão ordinária [dos Chefes de Estado] da CEDEAO datadas de 15 de dezembro 2024, que o convidam a dar prioridade ao diálogo inclusivo, a fim de chegar a um acordo sobre as datas das eleições legislativas e presidenciais na Guiné-Bissau", frisou a ativista.

Para Denise dos Santos Indeque, a reputação dos polítcos da Guiné-Bissau atingiu o nível mais baixos nos últimos anos e apela à consciência cívica dos cidadãos para defender a democracia.

"A reputação dos políticos guineenses chegou a um nível tão baixo. Face a esta situação, o povo guineense é chamado a uma consciência cívica diante das ameaças à democracia, tendo como desafios, proteger e fortalecer os princípios democráticos, a cobrança da transparência, da ética e da igualdade, aos políticos.

A coordenadora Nacional da WANEP Guiné-Bissau referiu que o ano 2024 foi marcado por "populismo", com promessas de soluções simplistas para problemas complexos e por discursos da "manipulação" da opinião pública. Indeque disse ainda que o ano que agora termina viu a corrupção ganhar mais proporções, em relação aos anos anteriores.

Por CFM

Por CNEWS

30/12/2024