Os deputados de partidos da oposição [ MDM e RENAMO] anunciaram que não vão tomar posse para nova Assembleia da República, que acontece esta segunda-feira, 13 de janeiro.

As intenções das ambas Comissões políticas foram anunciadas, neste fim de semana. No entanto, os deputados já fizeram saber que a cerimónia de tomada de posse "carece de valor solene" e constitui um "ultraje social e um desrespeito à vontade dos moçambicanos".

Destarte, prometeram não participar na cerimónia de tomada de posse da nova Assembleia da República, marcada para esta segunda-feira, 13 de janeiro.

Neste domingo (12.01), a RENAMO, na voz do seu porta-voz, Marcial Macome, informou que os seus deputados não vão assumir os assentos parlamentares, provando a decisão que o partido quer o respeito “ escrupuloso” pela "vontade do povo" e reforçando o apelo por "eleições livres, justas e transparentes".

“A cerimónia de tomada de posse carece de valor solene e constitui um ultraje social e um desrespeito à vontade dos moçambicanos. Nós [ da Resistência Nacional Moçambicano] declaramos que não reconhecemos os resultados das últimas eleições e consideramos que a realização de novas eleições é indispensável para garantir a legitimidade do processo democrático”, finalizou o porta-voz da RENAMO, Marcial Macome.

Enquanto isso, porta-voz da quarta maior força política do país na nova configuração parlamentar, Ismael Nhacucue expôs que: "Alinhamos com o povo na luta pela verdade eleitoral. Os nossos oito deputados não tomarão posse.”

Movimento Democrático de Moçambique (MDM) confirma necessidade de estabilização da situação política antes de reconsiderar a sua posição, enaltecendo que o povo moçambicano “não votou para este cenário".

A investidura dos 250 deputados eleitos nas eleições gerais moçambicanas de outubro deve acontecer amanhã (13.01.2025).

Isto numa altura em que o candidato presidencial, Venâncio Mondlane apelou neste domingo a três dias de paralisação em Moçambique a partir de amanhã e "manifestações pacíficas" durante a posse dos deputados ao parlamento e do novo Presidente moçambicano.

Mussa Danso