Passaram mais de um ano da dissolução da Assembleia Nacional Popular (ANP), mas o Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, ainda não marcou a data para as eleições legislativas antecipadas. O Chefe de Estado disse na semana passada que vai marcar a ida às urnas, para breve, sem no entanto apontar uma data.

Das eleições presidenciais, já se sabe. Sissoco Embaló disse em várias ocasiões que estas só terão lugar em novembro deste ano, pesar de completar cinco anos do mandato presidencial em 27 de fevereiro próximo.

Entretanto, sobre as legislativas, o Presidente República já tinha feito várias rondas de auscultações aos partidos políticos, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) e organizações da sociedade civil, ainda assim continua sem apontar uma data para as eleições, numa altura que se proíbe manifestações no país.

Neste momento, observa-se um "silêncio" por parte dos opositores de Sissoco Embaló, em relação ao assunto eleições ou fim do mandato do Presidente da República. Domingos Simões Pereira, líder da coligação Plataforma da Aliança Inclusiva (PAI-Terra Ranka), Nuno Nambiam, presidente da Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) e Braima Camará, líder de uma das alas do Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15) estão todos calados.

A Capital FM tentou, esta segunda-feira, junto dos próximos de alguns desses líderes, perceber se o seu silêncio tem a ver com alguma estratégia política, mas as fontes não souberam responder às questões.

Para ajudar a encontrar datas para as eleições legislativas antecipadas e presidenciais, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) prometeu, em dezembro, enviar a Bissau uma missão de "alto nível", mas ainda não se vê nem se sabe da aludida missão.

Por CFM

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