África é desafiada a lutar pela descolonização mental

14/01/2025 em Opinião

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África é desafiada a  lutar pela descolonização mental

Em qualquer sistema de domínio, na verdade, não há como escapar assimilação cultural de metrópole. Certo! Também, pode-se falar também em assimilação recíproca quando os hábitos culturais de duas populações de origens distintas, quando postas em contato direto, se influenciam reciprocamente, formando novos hábitos culturais mistos.

De partida a este exercício cívico-crítico, trouxe algumas indagações que permita um cidadão não só guineense, mas sim, dos países que sofreram a dominação colonial, principalmente semicolónias para analisar e chegar a uma conclusão sobre os rastos de monopólios.

Por que, admiramos mais cultura Ocidental em detrimento a nossa, punimos crianças africanas quando nas escolas falarem línguas nativas a favor das línguas estrangeiras [ditas oficiais], damos mais valor o que é europeia em relação aquilo é nosso, vestimos até almejamos pensar como europeu, entregarmos nossos recursos aos sistemas de mafia internacional em nome de globalização… São inúmeras indicadores nefastos que eu poderia elencar para uma analisa estilística-holística sobre as desvantagens de [neo] colonialismo.

Voltando atrás, em quê que se basear os sistemas exploratórios [coloniais], logo que criaram a [estúpida] narrativa “descoberta”, associada a termologia [criminosa] “indígenas” , isto, porque partiram de pressupostos de que a população autóctone era inferior e capaz, pelo que de ponto de vista [patético] de metrópole os nativos tinham que ser administrados por eles [metrópoles]. Está mentalidade [podre] prevalece até hoje, mas em modelos diferentes [ a teoria do terceiro homem], por via dos dirigentes das antigas colónias que se fazem de marionetes para os fins opostos aos princípios locais e contra a vontade das soberanias nacionais.

Mas, outros indicadores para esse exercício histórico e crítico, que reflexos têm os acordos internacionais assinados por elite política africana em especial? Pesca, agricultura, exploração de minério, ciência e [a] cultura… São enormes dimensões cooperativas que apenas valem [medíocre] classe dominante e que a população local só sabe por via de notícias e jornais.

Em nome da “civilização” e do “progresso”, na altura [mesmo hoje] as políticas de assimilação pretendiam [ou pretendem] transformar os africanos em súditos dóceis e aculturados. A identidade africana era vista como inferior e bárbara, a ser erradicada em favor da europeia.

Quando as finanças de países africanos dizem que obtiveram Créditos [uma linguagem técnica], enganam a população que conseguiram financiamento, não dívidas e nem explicam como essas dívidas serão liquidadas. Apenas enaltecem os acordos e driblam o povo [adormecido]. Que reflexos essas mentiras possuem na vida da população, na economia social e no mercado nacional em especial?

As políticas de assimilação geraram impactos profundos e duradouros, mas sobretudo nefastos na Africa. Destacando neste excerto entre outras, a Perda de identidade: a desvalorização das culturas nativas fragilizou a identidade africana, levando à perda de costumes, línguas e saberes ancestrais; Alienação: a imposição de valores e costumes europeus gerou alienação e descompassos sociais, criando uma identidade híbrida e fragmentada e a Desigualdades: a elite “assimilada” se distanciou da maioria da população, aprofundando as desigualdades sociais e perpetuando o colonialismo de forma interna.

Por isso, eu digo sempre que , “a África precisa sobretudo, de elite política competente “ para fazer face a essas mentalidades retrógradas para “uma verdadeira liberdade “ dos povos africanos.

Essa liberdade, passa exatamente pelo controle [Autónomo] de economias nacionais, formações e desenvolvimento técnicos e Científicos, valorização das culturas africana em especial, oficialização e inclusão das línguas locais no sistema de ensino e na função pública. Assim, sem sombra de dúvida, vamos continuar ser nós mesmos.

Enfim, a busca por identidade e o resgate cultural ainda são desafios presentes no continente. As tensões entre culturas e a luta pela descolonização mental continuam a moldar a história africana.

Abra os olhos!

Mamandin Indjai

Por CNEWS

14/01/2025