A reunião da comissão política nacional do Partido da Renovação Social (PRS) "não foi nada pacífica", esta quarta-feira (26.07), tendo registado vários ataques pessoais, entre os membros do órgão, segundo uma fonte presente no encontro.

A discórdia estava à volta da posição que o PRS deveria assumir, face ao convite da Plataforma da Aliança Inclusiva - PAI Terra Ranka, para integrar o futuro governo da coligação.

Segundo a fonte partidária, que falou com o CNEWS e que pediu para não ser identificada, antes da votação, houve "confrontos verbais e insultos" entre os dirigentes do partido, um deles Orlando Mendes Viegas, um dos vice-presidentes dos" renovadores" e atual ministro das Pescas, que, a par dos outros dirigentes do PRS, que fazem parte do atual governo, defendia a não entrada do partido no próximo executivo.

Conta o confidente do Capital News que se registraram "palavra indecentes" que saíam de um lado para outro, dirigidas entre vários intervenientes, mas com o Presidente do partido Fernando Dias sempre a tentar acalmar os ânimos".

Apesar de longas e intensas trocas de argumentos e de insultos, a comissão política nacional acabou por votar a favor da entrada do PRS no governo da PAI Terra Ranka, mas, com a exceção de Ilídio Vieira Té, atual ministro das Finanças e Presidente do Conselho de Jurisdição do partido, que não pôde votar, todos os dirigentes dos "renovadores", que fazem parte do atual executivo, votaram abstenção, tendo sido registado um voto contra.