As coisas estão a acelerar no Níger, palco de um golpe militar na quarta-feira 26 de julho de 2023, que derrubou Mohamed Bazoum, no poder desde abril de 2021.

Enquanto o Presidente deposto e alguns dos seus apoiantes afirmavam ter o apoio de uma parte do exército que lhe permanecia leal, os últimos desenvolvimentos em Niamey mostram o contrário. O Comando Militar das Forças Armadas do Níger, composto pelo Chefe do Estado-Maior dos Exércitos e pelos Chefes do Estado-Maior dos Exércitos, uniu-se à causa dos golpistas.

“ Na sequência de uma reunião realizada a 26 de julho de 2023 e motivada, por um lado, pela preocupação de preservar a integridade física do Presidente da República e da sua família, para evitar um confronto mortal entre as diferentes Forças, que para além desta última , poderia causar um banho de sangue e manchar a segurança da população e por outro lado, para preservar a coesão no seio das Forças de Defesa e Segurança, decidiram subscrever a declaração das Forças de Defesa e Segurança”, anunciou esta quinta-feira , 27 de julho de 2023 o Comando Militar das Forças Armadas do Níger.

O Estado-Maior das Forças Armadas adverte que qualquer intervenção militar externa, seja qual for a sua proveniência, poderá ter consequências desastrosas e incontroláveis ​​para as populações e criar o caos no Níger.

“ Nosso país ainda é atormentado pela insegurança imposta por Grupos Terroristas Armados e outros Grupos do Crime Organizado. Consequentemente, convida todos os FDS a manterem o foco nas suas missões e a manterem a sua conhecida combatividade para a prossecução da luta contra o terrorismo e o crime organizado, para o objetivo último que é o bem-estar das nossas populações”, chamou o General de divisão Abdou Sidikou Issa, ex-chefe dos exércitos de Mohamed Bazoum, o presidente deposto.