O Movimento Nacional da Sociedade Civil pela Paz, Democracia e Desenvolvimento da Guiné-Bissau contraria organizações da sociedade civil que acusaram Emmanuel Macron de “cumplicidade” com Umaro Sissoco Embaló em uma carta aberta dirigida ao chefe de Estado francês.

Na missiva enviada ao Chefe de Estado francês Emmanuel Macron, com a data de 19 de março, a organização liderada pelo Fode Caramba Sanhá, sem especificar o âmbito da sua réplica, destacou que “a Guiné-Bissau e a República Francesa mantêm sólidas”.

“ A Sociedade Civil da Guiné-Bissau agradece a valiosa contribuição da França aos esforços de desenvolvimento do nosso país. e gostaria de expressar sua gratidão a você”, escreveu Fode Caramba Sanhá contrariando às organizações da sociedade civil críticas a relação entre Sissoco e Macron.

Para Caramba Sanhá na sua missiva “em nenhum momento os membros dos partidos do nosso país abrigaram sentimentos hostis em relação à França ou contra ela. e são completamente diferentes de todos os panfletos opositores, feitos para fins de propaganda política”.

O Espaço de concertação das organizações da sociedade civil que reúne cerca de 40 ONGs da Guiné-Bissau e a Frente Popular escreveram ao Presidente de França, a quem alertam que "a continuidade de apoio a Umaro Sissoco Embaló, fora da Constituição guineense e sem a legitimidade popular, seria uma afronta ao povo da Guiné-Bissau".

“O povo da Guiné-Bissau está a travar uma árdua luta contra um regime de cariz autocrático e ditatorial encabeçado por Umaro Sissoco Embaló cujo mandato terminou no dia 27 de fevereiro último e que por teimosia, desprezo à Constituição da República e demais leis em vigor no país, continua ilegalmente a ocupar o Palácio Presidencial com uma clara cumplicidade das forças armadas, cuja missão é garantir o respeito pela Constituição da República e pela legalidade democrática”, lê -se na Carta Aberta das organizações da sociedade endereçada ao Presidente francês Emmanuel Macron.