Movimento Revolucionário: “Quem não tem mandato, não governa”.

04/04/2025 em Política

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Movimento Revolucionário: “Quem não tem mandato, não governa”.

O Movimento Revolucionário Pô de Terra insurge contra a nomeação de Chefe de Estado-Maior Particular do Presidente Cessante Umaro Sissoco Embaló, considerando o ato “tentativa de manipulação”, visto que, de acordo com o movimento visa

“diminuir as funções do Chefe de Estado-Maior General da Forças Armadas e enfraquecer a estrutura militar nacional”.

“Diante dessa afronta clara á hierarquia e a soberania das forças armadas, chegou a hora do Estado-Maior General tomar um posicionamento firme sobre a nossa situação político e militar”, escreveu o movimento no Comunicado à Imprensa tornado público esta sexta-feira, 4 de abril.

Ao Umaro Sissoco Embaló, o movimento lembra que “no dia 27 de fevereiro do corrente ano, o mandato do Presidente de República acabou”, assim sendo a partir desse momento, de acordo ainda com Pô de Terra “todas as suas ações são ilegítimas, todas as suas decisões são nulas e sem efeito para o povo da Guiné-Bissau”.

“No entanto, mesmo sem legitimidade, vemos decretos sendo assinados, exonerações e nomeações sendo feitas como se este regime ainda tivesse autoridade sobre o nosso destino. A recente exoneração e nomeação do Presidente do Tribunal Militar, assim como a nomeação a nomeação do chefe de Estado-Maior particular, são atos de um governo com o presidente que não tem qualquer validade. Quem não tem mandato, não governa! Quem não representa o povo, não decide em seu nome! E nós, filhos desta terra, não aceitaremos que a Guiné-Bissau continue refém de um poder vencido pelo tempo e pela sua própria ilegitimidade”, anotou.

Para o movimento cívico “o silencio não deve ser uma resposta diante da violação das normas que regem o país e suas instituições”, alem disso Pó de Terra questiona sobre caso Victor Tchongo, Ex-Comandante da Guarda Nacional detido sob acusação de tentativa de golpe de Estado, mas na secção de julgamento, de acordo com a organização cívica “a única acusação levantada contra ele foi a posse ilegal de armas”.

“A Guiné-Bissau pertence ao seu povo, e não a um punhado de homens que querem perpetuar no poder à custa da miséria e do medo. Não aceitaremos as imposições! Não aceitaremos fraudes! Não aceitaremos um país controlado por decretos sem valor! O povo tem direito de escolher os seus governantes de forma livre e transparente. O poder emana do povo e a ele deve retornar”, reiterou.

O movimento apela aos cidadãos guineenses para não se deixarem enganar, e que não reconheçam “decisões ilegítimas”.

Por CNEWS

04/04/2025