As coligações eleitorais Aliança Patriótica Inclusiva (API-CABAS GARANDI) e Plataforma da Aliança Inclusiva (PAI-Terra Ranka) estranham o convite das autoridades senegalesas a Umaro Sissoco Embaló, para participar na festa do dia nacional do Senegal.

Sissoco Embaló foi convidado de honra do Senegal, esta sexta-feira (04.04), para assistir às festividades do 65° aniversário da independência daquele país vizinho da Guiné-Bissau.

Insatisfeitas com o convite a Sissoco Embaló estão a API - CABAS Garandi e PAI Terra Ranka, que em carta aberta dirigida ao Presidente senegalês, Bassirou Diomaye Faye, com o conhecimento do primeiro-ministro do Senegal, Ousmane Sonko, expressaram a sua estranheza pelo facto de Embaló ter sido convidado, mesmo com o mandato presidencial expirado.

As duas coligações alertam para o risco da presença de Umaro Sissoco Embaló no Senegal representar uma "pretensa legitimação", no exterior, de alguém que ignora a vontade legítima do povo guineense.

“No entanto, sentimo-nos na obrigação de expressar a expectativa de que o povo da Guiné-Bissau receba o mesmo respeito e consideração. Apesar das dificuldades impostas por administrações recentes, a Guiné-Bissau é uma nação nobre, guiada pelos princípios do Estado de Direito Democrático, do respeito às  regras da convivência humana, dos direitos individuais e das leis”, lê -se na missiva da oposição guineense enviada ao chefe de Estado de Senegal.

As duas Coligações políticas lembram ao presidente Senegalês de que “o mandato de Umaro Sissoco Embaló como Presidente da República expirou em 27 de fevereiro passado, e a Constituição da República da Guiné-Bissau não lhe confere qualquer distinção protocolar que o represente como legítimo representante do povo guineense. Trata-se, portanto, de uma situação provocada voluntariamente pelo próprio, com objetivos políticos e para o amordaçamento das instituições da República”.