O Movimento Djius Aós (MDA) denuncia o que considera ‘condições indignas” de segurança da navegação marítima entre Bissau e as ilhas da Região de Bolama-Bijagós, no que se  prende com o navio “Centenário de Amílcar Cabral”, cuja operação de acordo com o movimento ‘tem revelado graves deficiências, e total desrespeito pela dignidade e segurança dos passageiros”.

Na nota à Imprensa tornada pública esta segunda-feira, 7 de abril, o movimento cívico descreve “a falta de cadeiras suficientes” no navio centenário Amilcar Cabral, o que obrigando dezenas de passageiros a realizar viagem de cerca de 4 horas de pé, sob forte exposição ao sol.

A organização anotou a “desorganização generalizada a bordo, onde os passageiros são misturados com todo o tipo de carga, desde automóveis, mercadorias e até mesmo animais, sem qualquer separação adequada”, assim como “venda de bilhetes sem direito a assento, onde consta a anotação “sem cadeira para sentar”, o que oficializa e normaliza uma violação dos direitos de os utentes seguirem viagem em conforto aceitável”.

Outro aspeto que constituí a preocupação do movimento, prende-se  com “,a cobertura improvisada com lonas, na terceira classe, que não oferece proteção eficaz contra o sol e, com a aproximação da época das chuvas, agravará ainda mais a situação dos passageiros expostos”.

O Movimento Djius Aós (MDA) reafirma na nota “a irresponsabilidade do Estado da Guiné-Bissau, através dos sucessivos governos, por até à data não ter sido capaz de adquirir uma frota de navios novos, seguros e adaptados às condições específicas do Arquipélago dos Bijagós”, e aponta para a necessidade urgente de uma intervenção governamental para pôr fim a  esta forma que disse ser  “desumana” de tratamento e garanta condições básicas de segurança, conforto e dignidade aos cidadãos insulares e aos utentes da via, globalmente.

O movimento cívico alerta para “as tentativas de alteração substancial do quadro de preçário aplicável, com tendência para aumento de preço básico, o que para já, MDA pondera posicionar-se contra”, a reitera na nota a sua total disponibilidade para colaborar com instituições públicas e privadas na busca de soluções sustentáveis para o transporte marítimo entre Bissau e as ilhas, reforçando o seu compromisso com a defesa dos direitos dos cidadãos e da justiça social.