Paz Duradoura na Guiné-Bissau: Um Compromisso de todos

08/04/2025 em Opinião

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A Guiné-Bissau, nossa pátria querida, tem enfrentado desafios profundos ao longo de sua história. Os sucessivos conflitos políticos, as crises sociais e as incertezas económicas têm mantido o país em um ciclo constante de instabilidade. Contudo, em meio a essas adversidades, há uma chama de esperança: a possibilidade de uma paz duradoura que só será alcançada com o compromisso de todos os guineenses, especialmente nossos atores políticos e sociais.

Nos últimos anos, temos visto sinais de que a vontade de transformar o país está crescendo. Contudo, é preciso mais do que boas intenções para superar os obstáculos que nos dividem. A paz verdadeira não será alcançada por medidas isoladas ou soluções rápidas; ela exige um esforço coletivo, uma união de esforços de todos aqueles que, de alguma forma, têm influência sobre o destino da nossa nação.

Os partidos políticos, que são fundamentais no cenário da Guiné-Bissau, precisam colocar os interesses do povo à frente das disputas pessoais e ideológicas. A política deve ser uma ferramenta de diálogo e construção, não de confronto e divisão. Cada líder político tem a responsabilidade histórica de promover políticas que favoreçam a inclusão, o respeito à diversidade e a construção de um futuro comum. Não é mais aceitável que se priorizem as ambições pessoais em detrimento do bem-estar coletivo. A Guiné-Bissau precisa de um compromisso com a estabilidade política e a paz, onde o debate seja saudável, a negociação seja constante e a justiça seja plena.

A sociedade civil tem sido um pilar essencial na defesa dos direitos humanos, na educação e na promoção de justiça social na Guiné-Bissau. Movimentos sociais, ONGs da sociedade civil, organizações comunitárias e cidadãos comprometidos devem fortalecer suas ações de sensibilização, educação e apoio a políticas públicas que promovam a inclusão e a justiça social. A paz duradoura só será possível quando os cidadãos estiverem engajados ativamente na vida política, defendendo seus direitos e contribuindo para a transformação do país. A sociedade civil deve ser a voz da razão, da paz e da solidariedade, sempre em busca de soluções pacíficas para os conflitos.

Não se pode falar de paz sem mencionar a educação. A verdadeira transformação de uma nação começa com a educação de suas futuras gerações. Investir na educação, especialmente na educação de qualidade e na formação de cidadãos conscientes e ativos, é fundamental para evitar conflitos futuros. A paz duradoura passa pela construção de uma sociedade bem-informada, capaz de resolver seus conflitos de forma pacífica e construtiva.

Estou ciente de que a paz não será uma conquista fácil, mas é possível. Para que a Guiné-Bissau alcance a paz duradoura, todos os seus filhos e filhas devem se comprometer a trabalhar juntos. A classe política, a sociedade civil, os jovens, os trabalhadores, as mulheres, todos têm um papel essencial nesse processo. Não podemos mais esperar que outros façam o trabalho por nós. O momento de agir é agora.

Vamos, juntos, construir um país mais justo, mais igualitário e, sobretudo, em paz.

A Guiné-Bissau merece mais. Nós merecemos mais.  Um compromisso com a paz é o único caminho para um futuro próspero e digno para todos os guineenses.

Por: Braima Camará (OSAGYEFO)

Docente, Ativista Social e jovem empreendedor

Por CNEWS

08/04/2025