Impacto Negativo das Músicas Ditos "Batucadas" na Nossa Sociedade

10/04/2025 em Opinião

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Impacto Negativo das Músicas Ditos "Batucadas" na Nossa Sociedade

As músicas conhecidas popularmente como "batucadas" têm ganhado cada vez mais espaço no cotidiano da nossa juventude, sendo ouvidas em festas, transportes públicos, bairros e até dentro das escolas. Apesar de sua popularidade e ritmo envolvente, é importante refletirmos sobre o conteúdo que estas músicas carregam e os efeitos que elas têm causado na nossa sociedade, especialmente entre os mais jovens.

Muitas dessas músicas promovem valores que contradizem os princípios da educação, da convivência social e do respeito ao próximo.

Sem perceber que podemos educar, tanto quanto destruir uma sociedade com a música ,letras que exaltam o consumismo, a violência, a degradação da figura feminina, o ócio e a falta de responsabilidade não apenas banalizam comportamentos destrutivos, mas também moldam mentalidades frágeis, sobretudo de crianças e adolescentes em formação.

Além disso, o espaço ocupado por essas músicas nos meios de comunicação e nos eventos comunitários vem substituindo, pouco a pouco, conteúdos culturais, educativos e construtivos. Com isso, a juventude acaba perdendo referências positivas, limitando sua visão de mundo, suas aspirações e sua consciência social.

Não se trata de desvalorizar a música enquanto expressão cultural, mas sim de pensar criticamente sobre que tipo de mensagem estamos a reforçar quando consumimos certos conteúdos. A música pode ser ferramenta de resistência, de educação, de identidade – mas também pode ser instrumento de alienação e manipulação.

Diante disso, o Estado da Guiné-Bissau, através do Ministério da Educação, e Cultura, têm um papel central a desempenhar. É urgente promover políticas públicas que valorizem a educação cultural crítica nas escolas, incentivar produções musicais com conteúdos educativos, apoiar artistas comprometidos com o desenvolvimento social e criar programas de sensibilização que envolvam famílias, professores e jovens. Educar para a escuta consciente é também formar cidadãos mais livres, críticos e comprometidos com o progresso do nosso país.

Por: Activista e Estudante de ESE

Joaninha Silá Delgado Pinto

Por CNEWS

10/04/2025