O Movimento O Movimento Djius Aós (MDA denunciou a perseguição e intimidação ao seu Coordenador Chambino Cândido Banca, por parte de determinadas estruturas do Estado.

No Comunicado tornado público este sábado, 12 de abril, o movimento cívico que tem vindo a denunciar e críticas a precariedade de navegabilidade de Bissau às ilhas Bijagós, responsabiliza o estado da Guiné-Bissau pela vida e integridade física do coordenador do movimento cívico local.

 

Siga na íntegra o Comunicado

 

O Movimento Djius Aós (MDA) tem vindo a recolher e a organizar, nos últimos dias, uma série de informações, provenientes de fontes confidenciais e credíveis, que apontam para um clima crescente de tensão e inquietação no seio de diversas entidades e estruturas do Estado, na sequência das denúncias tornadas públicas no comunicado nº 001/2025, datado de 7 de abril, e emitido por esta Coordenação.

 

No referido documento, o MDA limitou-se, tão simplesmente, a cumprir o seu papel cívico e social de fiscalização das políticas públicas, através de uma análise objectiva, fundamentada e rigorosa, neste caso, sobre o funcionamento do navio “Centenário de Amílcar Cabral” — um meio de importância estratégica para a mobilidade entre as ilhas e o continente. Contudo, tal exercício legítimo de cidadania, protegido pela Constituição da República, parece ter desencadeado revolta e manobras que ainda ficam por revelar completamente, com o intuito de, única e exclusivamente, tentar intimidar e silenciar o Movimento, e seus membros, pondo em causa as suas nobres acções.

 

Face à gravidade da situação, e reunida em sessão extraordinária para avaliar os factos, a Coordenação do MDA vem, por este meio, tornar público o seguinte:

 

1 - Denunciar a existência de um plano orquestrado de perseguição e tentativa de intimidação contra o Coordenador do MDA, Chambino Cândido Banca, por parte de determinadas estruturas do Estado, com práticas que atentam contra os princípios do Estado de Direito Democrático e cujas consequências são imprevisíveis;

 

2 - Responsabilizar o Estado da Guiné-Bissau, através de actuais autoridades, por qualquer atentado à integridade física, psíquica ou moral do Coordenador, reafirmando que o exercício da cidadania activa e da liberdade de expressão não deve jamais ser motivo de repressão ou retaliação;

 

3 - Reafirmar o compromisso inabalável do MDA para com a defesa intransigente dos direitos dos cidadãos, nomeadamente, o direito à mobilidade com dignidade, segurança e respeito, sobretudo nas ligações marítimas entre as ilhas e o continente — que não podem continuar a ser negligenciadas ou tratadas com indiferença institucional;

 

4 - Reiterar o conteúdo da última nota à imprensa, exigindo das autoridades competentes, acções urgentes e eficazes, capazes de assegurar uma operacionalização digna do navio “Centenário de Amílcar Cabral”;

 

5 - Reafirmar, como sempre, a total disponibilidade do Movimento para colaborar de forma construtiva e patriótica com as autoridades públicas, na busca de soluções sustentáveis para o sector dos transportes marítimos, sem abrir mão da sua autonomia crítica e do seu dever de fiscalização cívica;

 

6 - Assegurar ativar mecanismo de alerta e vigilância às manobras que visem a integridade de todos os membros do MDA.

 

Em suma, o Movimento Djius Aós garante que não se deixará intimidar e nem silenciar. Continuará firme na defesa dos interesses do povo, na promoção da justiça social e na consolidação da democracia participativa na Guiné-Bissau.

 

PA KUMPRA BARKUS NOBUS! KILA KI SULUSON!

 

Bissau, 12 de abril de 2025

       

A Coordenação

Chambino Cândido Banca

(O Coordenador)