Guiné -Bissau:  FMI alerta para os riscos económicos

20/04/2025 em Economia

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Guiné -Bissau:  FMI alerta para os riscos económicos

O Fundo Monetário Internacional (FMI) alerta para “os riscos internos e externos”, apesar de acreditar nos bons crescimento, a perspetiva econômica.

Citado pela Rádio das Nações Unidas (ONU News ) este domingo, 20 de abril, o órgão incentivou o país “a seguir com reduções do déficit orçamentário para 3% do Produto Interno Bruto, (PIB)”.

A Missão do Fundo Monetário Internacional esteve no país no início deste mês, onde reuniu com o Presidente Sissoco Embaló e outras entidades governamentais visando com encontros conferir as políticas econômicas e decidir sobre conceder uma nova revisão do acordo de crédito alargado, ECF na sigla em inglês.

O acordo inicial foi aprovado pelo Conselho Executivo do FMI, no valor total de  US$ 37,8 milhões, em janeiro de 2023. Dez meses depois, o Conselho Executivo concedeu um aumento de acesso de 40% da cota.

Segundo as previsões, de acordo com o órgão citado pelo ONU News “a Guiné-Bissau deve crescer 5% este ano, puxada por forte investimento privado. As autoridades do país se comprometeram em reduzir o déficit com base no acordo inicial com o Fundo”.

A equipe técnica reiterou a necessidade de se continuar implementando as reformas para apoiar os esforços de consolidação fiscal e colocar a dívida pública em uma trajetória descendente firme.  Uma das preocupações do fundo é de que “o país esteja resiliente a choques”.

As discussões focaram em políticas destinadas a apoiar a diversificação econômica para reduzir a dependência da castanha de caju, o principal produto de exportação guineense.

Outro ponto é manter a sustentabilidade fiscal por meio da mobilização de receitas internas, impulsionar o capital humano e aprimorar a proteção social, incluindo uma avaliação dos níveis de gastos e resultados.

O FMI acredita que as reformas recentes no setor energético são vitais para apoiar o crescimento econômico e devem ser implementadas, inclusive para diversificar a matriz energética e garantir uma fonte de energia de reserva.

“A economia enfrenta riscos significativos no curto prazo em um ano eleitoral e no contexto de um ambiente externo desafiador, caracterizado pelo aprofundamento da fragmentação geopolítica e do comércio global”, lê -se na publicação da ONU News.

 CNEWS/ONU News/Foto/Arquivo

Por CNEWS

20/04/2025