Líder do Parlamento critica “militarização do espaço político”

02/05/2025 em Política

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Líder do Parlamento critica “militarização do espaço político”

O líder do Parlamento, da Coligação PAI-TERRA RANKA e do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde Domingos Simões Pereira esclarece ao Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas de que não são adversários, tendo denunciado esta sexta-feira, 2 de maio num direto na sua rede social Facebook “militarização do espaço político” no Guiné -Bissau.

“Somos políticos, nossos adversários não são forças armadas. Nossos adversários são outras forças políticas que têm direito de pensar referente”, disse em uma clara réplica ao Biaguê Na N’Tan que recentemente proferiu declarações consideradas “politicas”  pela sociedade civil e partidos da oposição.

Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas Biaguê Na N’Tan deu ordem para “eliminar” o indivíduo que pretende perturbar a paz e fazer golpe de estado, quando da sua visita às estruturas militares em Bissau, no final de abril.

“Não permita que esteja a frente dos partidos políticos, porque não temos interesse e nem intenção de fazê-lo [golpe de estado]”, respondeu Domingos Simões Pereira, advertindo  ainda ao Biaguê Na N’Tan de que “estaria a ser colocado em oposição às forças políticas “.

Simões Pereira lembra ao Na N’Tan do contraditório das autoridades nacionais suposta tentativa de golpe de estado de 1 de fevereiro de 2022, onde as primeiras informações dadas pelo Umaro Sissoco de acordo com o dirigente político era “ajuste de contas dos narcotraficantes, mas tarde os rebeldes de Cassamance, depois chefias militares”.

"Finalmente disserem que já não são narcotraficantes, nem rebeldes e militares, então têm que buscar os políticos. Sendo assim tinha que recorrer a vocês [militares] para poderem silenciar a oposição “, observou.

Na sua Comunicação, Simões Pereira abordou situações ligadas ao Acordo de Paris entre principais partidos políticos da oposição guineense, tendo na mesma exigido a clarificação e que seja de domínio público as resoluções de Missão de alto nível da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental que visara ajudar atores políticos a sair de crise política vigente no país.

Por CNEWS

02/05/2025