Frente Popular denuncia burla eleitoral

19/05/2025 em Direitos Humanos

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Frente Popular denuncia burla eleitoral

A Frente Popular denuncia hoje, 18 de maio , “o crime organizado” na Guiné -Bissau, descrevendo no Comunicado à Imprensa as violações do direitos humanos, nomeadamente “o confinamento das liberdades fundamentais, a supressão do exercício democrático do poder, a confiscação da vontade popular”,  acompanhados por “uma agenda propagandista alimentada pelo erário público”, visam de acordo com o movimento cívico “desviar a atenção do povo guineense severamente afetado por uma penúria insustentável”.

A Comunicação do movimento cívico surge no âmbito da comemoração de ano da sua primeira manifestação pacífica,  reprimida pela força de ordem e mais de uma centenas de ativistas presos e submetidos aos tratamentos desumanos, conforme denunciara as organizações da sociedade civil na altura.

Frente Popular descreve anda no Comunicado “o aumento generalizado dos preços de produtos de primeira necessidade no mercado, a fome, o empobrecimento das famílias, o forte fluxo migratório de guineenses, em particular de jovens formados à procura de melhores condições de vida, o endividamento público exponencial”.

O movimento cívico descreve ainda aquilo que considera “saga de autoritarismo, o regime caduco tem beneficiado de cumplicidade de diferentes entidades que, em nome de proteção de interesses particulares, preferem sacrificar o povo guineense, rasgar a Constituição da República, destruir a democracia, desmantelar as instituições democráticas, desvirtuar a memória histórica, enterrar o edifício ético moral e consagrar o poder absoluto, alimentado por uma teia de corrupção nunca vista na Guiné-Bissau”.

Frente Popular considera de “encenação e autêntica burla eleitoral sem piada”, as recentes pseudo eleições no Supremo Tribunal de Justiça, as quais de acordo com o movimento cívico “pretendem consolidar o golpe institucional inaugurado com a invasão armada deste órgão de soberania em novembro de 2023, por um grupo de homens encapuzados a mando de Umaro Sissoco Embaló”.

O Movimento liderado pelo Armando Lona convida o povo guineense, sobretudo a juventude, “a dar um salto patriótico, vencer o medo e aderir massivamente à mega manifestação nacional convocada para o dia 25 de Maio de 2025”.

O movimento cívico Frente Popular informa  a opinião pública nacional e internacional, de que “os procedimentos e queixa contra os titulares do Ministério do Interior e demais autores morais e materiais nas instâncias internacionais estão em fase muito avançada, sendo as notificações para breve”.

Às forças de defesa e segurança, Frente Popular alerta sobre “os perigos de manipulação e instrumentalização de agendas políticas e partidárias inconfessas, pondo em crise o caráter republicano destas instituições vitais da nossa democracia”.

Os movimentos cívicos Pó de terra e Frente Popular agendam a manifestação de rua no dia 25 de maio de 2025, evento que o governo o presidente considera impossível, alegando a falar da personalidade jurídica das entidades promotoras da marcha.

Por CNEWS

19/05/2025