O Secretariado Nacional da Juventude Africana Amilcar Cabral (JAAC), condena a prisão do seu membro Victor Domingos Monteiro, pertencente a estrutura da massa juvenil do PAIGC na região de Gabú.

Na nota de repúdio emitido era sexta-feira, 6 de junho, a juventude do PAIGC considera “ arbitraria e  ilegal”, a prisão do militantes e ativista político.

De acordo com a JAAC “Victor Monteiro encontrava-se há mais de um mês em local incerto, fugindo de ameaças concretas de rapto, espancamento e intimidação, perpetradas por agentes associados ao atual regime”.

“Tais ameaças surgiram em resposta à sua corajosa militância política, ao seu compromisso com a verdade, e à sua defesa intransigente dos direitos dos jovens e do povo da Guiné-Bissau”, lê -se no comunicado.

Na tarde desta sexta-feira, o movimento cívico Frente Popular denunciou “rapto”  do ativista e membro da Juventude Africana Amilcar Cabral.

Na nota da JAAC, a estrutura liderada pelo deputado Ussumane Camará descreveu que “Victor Monteiro foi violentamente raptado por forças da autoridade, sem qualquer mandado judicial, explicação formal ou processo legal”.

“Este ato representa uma grave violação dos direitos humanos, das liberdades fundamentais e da Constituição da República da Guiné-Bissau”, anotou.

A JAAC denuncia publicamente esta ação como “um ato político, repressivo e covarde, dirigido contra a liberdade de expressão, o ativismo juvenil e o direito de oposição”.

“Nenhum regime democrático e legítimo pode coexistir com práticas de perseguição, sequestro e silenciamento de vozes dissidentes”, disse a estrutura de massa juvenil do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde que exige “a libertação imediata e incondicional do camarada Victor Domingos Monteiro”.

A JAAC exige ainda “a  responsabilização dos autores morais e materiais” de ato que considera “criminoso”, assim como  “a  garantia da integridade física e moral”, do seu membro.