Os fiéis muçulmanos cumprem "Eid al-Adha" [ tabaski] em dias diferentes e o governo emite  tolerância e feriado nacional entre sexta-feira e sábado como forma de atender as partes divergentes.

Na quinta-feira, 5 de junho, o executivo, através do Ministério da Administração Pública baseia a sua decisão em conformidade com o Artigo 1º e 2º do Decreto N° 1/ 2023, de 18 de Janeiro, que aprova os Feriados Nacionais Obrigatórios e, dispensa de serviço aos funcionários.

“Considerando que Tabasky é um feriado móvel, impondo, com efeito, ao governo o dever de determinar a data em que é observado”, lê -se no Comunicado do governo, após apelos de posicionamento no meio de polémica entre a União Nacional dos Imames e a Comissão Nacional da Observação Lunar da Guiné- Bissau, sobre a data da reza de tabaski.

Em mesquitas de vários bairros da capital guineense, destacando a Central de Bairro ajuda  os fiéis muçulmanos cumpriram esse dever religioso. Ao largo da Câmara Municipal de Bissau, onde habitualmente se reza, também houve o cumprimento da súplica, onde o Ministro do Interior estava em representação de Presidente Sissoco.

Botche Candé apelou “a unidade, tolerância e perdão entre os guineenses”, em particular aos fiéis muçulmanos da Guiné -Bissau.

Aliu Bodjam, imame de mesquita central de Capital Bissau Aladje Aliu Bodjam replicou que o objetivo de Comissão Nacional de Observação Lunar é “dissipar as dúvidas e unificar os esforços” a volta dos principais eventos da religião muçulmana.

A festa de tabaski acontece no momento em que os preços de produtos da primeira necessidade permanecem exorbitantes e as  famílias com o fraco poder de comprar, reclamaram ao E-Global os  cidadãos guineenses.

“O governo deve intervir para disciplinar mercado, caso contrário, vamos ficar assim para todo tempo, uma vez que os problemas globais tendem aumentar”, disse ao E-Global um funcionário público que lamenta “a inércia “ do executivo liderado pelo Rui Duarte Barros perante o que considera “indisciplina” mercado nacional.