O Partido Político da oposição, Convergência Nacional para a Liberdade e  o Desenvolvimento ( COLIDE-GB) acusa o Presidente Sissoco Embaló de  cometer “crime de usurpação da função pública e de alteração de Estado de Direito”, por ter permanecido no poder após o término de mandato presidencial a 27 de fevereiro de ano em curso.

Na nota publicada este domingo, 8 de junho na sua rede social Facebook, o partido liderado pelo antigo Procurador-geral da República Juliano Fernandes manifestou a sua preocupação perante o contexto político atual na Guiné -Bissau.

“O cidadão Úmaro Sissoko Embaló, recusou deixar o cargo e ir para casa e ficar à espera dos resultados das próximas eleições presidenciais, às quais manifestou interesse em candidatar-se, pretendendo lograr a confiança do povo guineense para realizar um segundo mandato”, lê -se.

O COLIDE-G na nota disse que “enquanto partido liberal democrático, não pode calar-se e ser cúmplice dessa realidade nefasta para o nosso país, sua democracia e a liberdade do nosso povo”.

“A democracia, no nosso país, está suspensa, em estado vegetativo e, naturalmente, em perigo de morte. Uma morte anunciada que já todos sabíamos, mas que, finalmente, foi assumida pela voz e boca do "Secretário de Estado da Ordem Pública", anotou tendo precisado a declaração de José Carlos Macedo Monteiro que tinha  prometido “rasgar a Constituição da República”, caso Umaro Sissoco Embaló ganhar eleições para um segundo mandato.

Para o  COLIDE-GB  “o regime, em presença, oprime, na base da violência e ameaças, sequestros, detenções arbitrárias e torturas, perpetrados pelas forças da defesa e segurança, o exercício de todos os direitos, liberdades e garantias fundamentais”, destacando “manifestações, reuniões em locais públicos e abertos, expressão, imprensa e atividades políticas”  promovido, seja pelos seus opositores políticos, seja pelas organizações da sociedade civil.

O COLIDE-GB denunciou na nota, o que considera “mega fraude eleitoral”, alertando  para preparação que visa garantir “a exclusão, dessas eleições, de potenciais candidatos”.

“Vamos todos, dizer não a tudo isto e apelar a que enquanto guineenses, sem exclusão de ninguém, nós sentemos à mesa para discutir o nosso país e os seus problemas e, construirmos, na base do Diálogo Inclusivo Nacional (DINAC), consensos, alargados, à volta das soluções requeridas para os problemas identificados”, apelou.