A Juventude Islâmica da Guiné-Bissau chama atenção ao Presidente Umaro Sissoco Embaló de que deve ser a pessoa que une, não a que desune, avisando que  “os assuntos religiosos não devem ser instrumentalizados”.

Na “ Carta Aberta” dirigida, este domingo (08.06), ao Sissoco Embaló, A Juventude exprimiu a sua revolta à vista do que considera atitudes que, em vez de promoverem a união nacional, estão a criar “divisões”.

A Juventude Islâmica escreveu, ainda, na missiva que “o Ministro do Interior, Botchê Candé, tem agido em nome Umaro Sissoco Embaló, cumprimentando meramente certos grupos, (…) particularmente aqueles que participaram na reza do Tabaski no sábado. Por causa dessas pessoas, o Governo emitiu um despacho de feriado no fim de semana, privilegiando alguns em detrimento de outros.”

No entanto, a Juventude religiosa disse que “é inaceitável” que o Ministro Botchê Candé visite apenas uma parte dos  imames , ignorando completamente outra. O Imame de Attadamun está em Bissau e não foi visitado”, de igual modo não recebeu a mesma atenção.

A Juventude da comunidade islâmica guineense disse na carta estar profundamente descontente c Presidente Umaro Sissoco Embaló,  criticando que “as suas atitudes e comportamentos estão a prejudicar o país”, afirmando mesma carta que “o Ministro Botchê Candé não está a ajudar e está a destruir tudo”.

“Esta conduta está a destruir a união do país. Um dia, o povo não vai aguentar mais, e a paciência esgotar-se-á. Estamos a ser levados para um caminho perigoso”, lê-se na carta aberta na posse de CNEWS.

Para isso, a Juventude religiosa quer que Embaló valorize todas as pessoas, sem distinção. 

“ Por que tanta discriminação”, concluiu.

CNEWS/Foto: Arquivo